segunda-feira, 30 de abril de 2012

Terapia Comportamental Dialética




A Terapia Comportamental Dialética é uma forma recente de psicoterapia desenvolvida especificamente para o tratamento de Transtornos de Personalidade Limítrofe.

O nome vem da proposta do Método dialético, que confronta duas ou mais teses (e/ou antíteses) competidoras e busca chegar a uma síntese. Em linhas gerais, a TCD segue essa proposta e busca conciliar e/ou resolver conflitos de forma racional através de sua exposição direta, sem com isso deixar de priorizar a serenidade e qualidade de vida do paciente.

Proposta por Marsha M. Linehan, a TCD tem um componente de psicoterapia individual e outro de terapia em grupo. Seu fundamento teórico vem basicamente do Behaviorismo com elementos do Cognitivismo.

A terapia individual da TCD tende a ser bastante direta e confractória, e busca abordar em uma sessão semanal os conteúdos que venham a se apresentar. A prioridade é dada à atenção a comportamentos suicidas e autodestrutivos, e depois a comportamentos que interfiram com a própria terapia. A seguir vêm assuntos ligados à qualidade de vida e à sua melhora.

Durante a terapia individual frequentemente se discute como melhorar as perícias ou habilidades que compõem o modelo da TCD, ou como superar os obstáculos ao seu desenvolvimento.

A terapia de grupo consiste geralmente em uma sessão semanal de duas horas a duas horas e meia, orientada ao desenvolvimento de perícias ou habilidades específicas, organizadas em quatro módulos:
1. Perícias básicas de Atenção plena
2. Perícias de Regulagem de Emoções
3. Perícias de Tolerância à Pressão
4. Perícias de Efetividade de Relações Interpessoais

Os Quatro Módulos:

1. Atenção Plena
Considerada a base de sustentação das demais perícias, a atenção plena (ou mente alerta) tem inspiração no budismo (especificamente no Zen), e consiste em uma postura de atenção ampla e tolerante dirigida a todos os fenômenos que se manifestam na mente consciente - ou seja todo tipo de pensamento, fantasias, recordações, sensações e emoções percebidas no campo de atenção são percebidas e aceitas como elas são.

2. Regulagem de Emoções
Pacientes de Transtornos de Personalidade Limítrofe e suicidas tendem a vivenciar emoções intensas e um tanto oscilantes. Por esse motivo têm muito a se beneficiar do aprender a regular suas emoções e expressá-las nos momentos mais convenientes. Entre as perícias dialéticas voltadas à regulagem de emoções estão inclusas:
identificar e classificar as emoções
identificar os obstáculos à mudança das emoções
reduzir a vulnerabilidade à mente emotiva (emoções descontroladas)
aumentar e melhorar os eventos emocionais positivos
tomar consciência das emoções presentes em cada momento
adotar ações contrárias à tendência emocional indesejada
aplicar as Técnicas de Tolerância à Pressão (descritas no próximo item)

3. Tolerância à pressão
Muitas abordagens de saúde mental deixam de abordar a tolerância a pressões externas. Em vez disso, tradicionalmente deixa-se o desenvolvimento dessa capacidade por conta de movimentos religiosos e/ou espirituais. A TCD, porém, lida explicitamente com este componente da saúde mental.

A tolerância à pressão desenvolve-se a partir das perícias de atenção plena e envolve a capacidade de aceitar como são no presente momento tanto a situação externa que se está vivendo quanto a situação interna do próprio paciente, de percebê-la com clareza e tranquilidade sem cair em reações angustiadas ou violentas. Note-se que aceitar a realidade da situação não implica aprová-la ou querer mantê-la como está. A meta não é conformidade, mas serenidade diante do que efetivamente existe.

Os comportamentos de tolerância à pressão envolvem a tolerância e resistência a crises e a aceitação da vida como ela é no momento presente. São ensinadas quatro categorias de estratégias de sobrevivência a crises:
  • Distração
  • Auto-cuidado
  • Melhorar o momento
  • Considerar prós e contras


As habilidades de aceitação incluem
  • Aceitação Radical
  • Condução da mente até a aceitação
  • Contraste da vontade receptiva com o desejo impulsivo


4. Efetividade Interpessoal
As perícias de Efetividade Interpessoal da TCD envolvem o desenvolvimento da Assertividade e de soluções para problemas interpessoais. Incluem a habilidade de se pedir o que se necessita, de dizer "não", e de se lidar com conflitos interpessoais.

Muitas vezes os pacientes tratados pela TCD tem boa compreensão teórica das perícias interpessoais, mas precisam de treinamento para se acostumar a aplicá-la em sua vida cotidiana.

Neste módulo focalizam-se situações em que se procura causar mudanças (geralmente pedindo que outra pessoa faça algo) e/ou resistir a mudanças propostas pelo meio ("dizendo não"). O objetivo geral é melhorar as chances de que as metas pessoais do paciente sejam atingidas, sem com isso comprometer sua auto-estima ou a qualidade de seus relacionamentos com outras pessoas.

FONTE: Wikipédia

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Personalidade Borderline e as Origens na Infância

Os estudos feitos em pacientes com transtorno de personalidade borderline, quanto às ocorrências na infância enfocaram basicamente a privação da criança, da presença dos pais (principalmente a mãe), assim como problemas familiares intensos.

Esses estudos foram inconclusivos. Nos últimos anos passou-se a investigar a relação entre abuso sexual na infância e a personalidade borderline.
Nesse caso os estudos encontraram taxas que variavam de 10 a 73% dos pacientes borderline com passada de abuso sexual por parte dos pais ou de quem tomava conta deles; sendo que desses 0 a 33% tiveram relações incestuosas. Ainda nesse assunto, 16 a 71% dos borderline sofreram abuso sexual por pessoas não ligadas ao relacionamento direto. Ficou assim demonstrada uma relação entre abuso sexual na infância e personalidade borderline no adulto. Faltam mais estudos para averiguar se esta questão se relaciona à personalidade borderline exclusivamente ou se também afeta outros distúrbios de personalidade. Talvez tenha faltado uma investigação um pouco mais ampla: afinal quem abusa sexualmente de uma criança tem a personalidade equilibrada ? Será que essas crianças desenvolveram uma personalidade desviada por herança genética ou influência familiar/ambiental ? O abuso sexual compromete a personalidade como um todo ?

A finalidade deste estudo é verificar a influência de outros fatores patológicos na infância dos pacientes com personalidade borderline, além do abuso sexual.

Métodos – No período de março de 1991 a dezembro de 1995 foram selecionados 467 pacientes num hospital americano. Os critérios usados foram os seguintes: idade entre 18 e 50 anos, inteligência normal, sem transtorno psiquiátrico maior como

esquizofrenia ou T. bipolar. Para o diagnóstico de personalidade borderline mais acuradamente foram usados questionários semi-estruturados, sendo que os entrevistadores desconheciam o resultado da seleção.

Outros clínicos que também desconheciam o diagnóstico e entrevistaram os pacientes quanto a acontecimentos patológicos na infância, como abandono, maus tratos, humilhações e outras experiências da criança.


Resultados – Dos 467 pacientes selecionados, 358 preencheram critérios de transtorno de personalidade borderline para mais de um questionário realizado, e em 109 foi diagnosticado mais de um tipo de transtorno de personalidade.
Outras formas de abuso da criança foram encontradas com maior freqüência do que o abuso sexual isoladamente. 91 e 92% dos pacientes sofreram alguma forma de abuso e abandono respectivamente, e 60% sofreram abuso sexual na infância. 75% dos pacientes passaram por experiências como humilhação, frustração, mensagens ambíguas, serem postos em situações de solução impossível; consideradas como abuso emocional.
Outras situações apontadas pelos pacientes foi a responsabilização enquanto crianças de outros membros da família, sentimento de desamparo quanto àqueles que deviam cuidar deles e inconsistência no relacionamento.


Conclusão - O abuso sexual não é uma condição necessária nem suficiente para o desenvolvimento de uma personalidade borderline. Este estudo não foi capaz de definir novas causas para este transtorno psiquiátrico, mas complementou seu conhecimento. Provavelmente a personalidade borderline é multicausal, e vários outros tipos de estudo ainda devem ser feitos.


Afinal, Louca Sou Eu ou Você?




Quando relato meu diagnóstico de Transtorno de Personalidade, as pessoas interiormente devem imaginar que fiquei louca, pois de maneira instintiva expressam um olhar assustado, mas logo após explicar sobre a doença sua afeição muda para um semblante triste, repleto de pena... 
Confesso que não existe nada mais frustante do que alguém sentir pena de você. Tudo isso por puro preconceito, já que é uma doença mental, ou seja, no ramo da Psiquiatria, portanto, quem frequenta psiquiatra é LOUCO. Todavia, fico me questionando se louca sou eu por ter esta doença ou você por ser preconceituoso num mundo com tecnologias surgindo a todo instante para múltiplas funcionalidades, com os valores morais desrespeitados, falta de respeito ao meio ambiente, onde países desenvolvidos gastam milhões em armamentos, sendo que poderiam contribuir para combater a fome mundial, etc.  Tendo em vista toda evolução científica e social, a revolução cultural não obteve tamanho sucesso. As pessoas continuam dotadas de seus dogmas e preconceitos, advindos de seus antepassados. Infelizmente alguns seres humanos não evoluíram, pelo contrário, insistem em permanecer no passado. Associar o tratamento psiquiátrico a loucura é pura ignorância, falta de conhecimento e preconceito, já que a medicina também evoluiu e os tratamentos ultrapassados que associavam psiquiatra a loucura,  como internação em manicômio, camisa de força, choque elétrico e etc, ficaram para traz. Hoje o tratamento dependendo dos casos é realizado no consultório do médico ou caso o paciente necessite de internação, esta será feita numa clínica. Entretanto, o uso de eletrochoque, foi aperfeiçoado. O procedimento é feito no hospital com o paciente sedado. Nos Estados Unidos este é o primeiro recurso utilizado pelo médico para tratar os casos graves de depressão, sendo que poderá ser processado se não utilizá-lo, pois a resposta da melhora do paciente é rápida e eficiente na maioria dos casos. Contudo, os antidepressivos, são a segunda opção para eles, quando o paciente não melhora com o tratamento de eletrochoque. 
Portanto, louco é você que em meio a tantas evoluções e revoluções não foi capaz de ampliar seus conhecimentos neste assunto a fim de formar seu próprio juízo de valor, herdando uma opinião  totalmente equivocada para sua época.  

Kalili

Pedofilia: Crime ou Doença?

Pedofilia é um tema muito freqüente em psiquiatria forense. E polêmico.
Muito da polêmica, no entato, surge do desentendimento semântico entre advogados e médicos quando utilizam a palavra "pedofilia". O psiquiatra diz pensando numa coisa, o advogado ouve pensando noutra e a confusão se instala na sociedade que, leiga, acompanha o debate sem entender nada. Todo mundo sabe que pedofilia é crime, certo? Mas como pode ser crime, se também é doença? E como pode ser doença, se é crime?
Nessa interface entre o Direito e a Psiquiatria o psiquiatra forense deve atuar como tradutor/intérprete, fazendo a ponte entre as duas áreas para esclarecimento da sociedade.


Pedofilia, para a Classificação Internacional de Doenças, é um transtorno mental, que atinge a preferência sexual das pessoas afetadas, dando-lhes a sensação de que só podem obter satisfação sexual mediante pensamentos, fantasias, imagens ou presença de crianças. Essa sensação está fora do controle dos pedófilos, que não conseguem evitá-la. A grande maioria percebe a inadequação de tais pensamentos, e se ressente disso, chegado a ficar deprimidos, abusar de álcool ou outras drogas.

Já para o Direito brasileiro, pedofilia é definida no Estatuto da Criança e do Adolescente como apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito, envolvendo criança ou adolescente. Assim, trata-se de um ato criminoso punível com prisão e multa.

Saber se o indivíduo acusado de se envolver em atividades que envolvam crianças e sexo é doente a ponto de não ter entendimento ou autocontrole é a única função do psiquiatra forense nesse contexto. Por vezes os psiquiatras são instantos - inadvertidamente - a descobrir se houve ou não o ato. Isso não só transcende suas funções como, mesmo para quem tem o dever legal de decidir - é apenas uma dúvida.

Doente ou monstro?
Conhecidos como “sem-vergonha e descarados”, entre outros adjetivos, os pedófilos, de acordo com psiquiatras e psicólogos, são pessoas doentes que precisam ser tratadas e presas. Porém, o entrave está na falta de estrutura do sistema penitenciário. “O desejo deles por crianças é algo incontrolável - é um doente sem cura. Eles precisam ser tratados com medicamentos e acompanhamentos de psicólogos e psiquiatras.

A pedofilia é um crime e os pedófilos devem ser presos, mas, infelizmente, eles saem dos cárceres ainda piores por falta de assistência adequada e das mutilações que acabam sofrendo”, disse a psiquiatra Maria da Conceição Nogueira.

Os pedófilos são, geralmente, pessoas acima de qualquer suspeita, não há distinção de classe social e nem racial, é uma patologia presente na sociedade. Quem vai desconfiar de alguém que tem a função de proteger, como os pais, tios, padrastos? E até aqueles que servem a Deus são capazes de cometer tamanha atrocidade.

A pedofilia é a perversão sexual na qual o indivíduo sente-se atraído, de forma incontrolável, por crianças e adolescentes. 

A psiquiatra explicou que os pedófilos sofrem de um distúrbio mental na esfera sexual, onde são acometidos por um desejo sem controle por crianças.

“A pedofilia é desenvolvida ao longo dos anos, não há estudos que comprovem que seja uma patologia genética ou que o indivíduo já nasceu com essa predisposição. Muitas vezes a doença é desencadeada por medo da rejeição, por traumas na infância. Geralmente, são pessoas inseguras e preocupadas, incapazes de serem julgadas, por isso preferem as crianças, para estar sempre no comando”, disse.

A psiquiatra enfatizou ainda que não há dados que comprovem que todos os pedófilos sofreram abuso na infância, que não há um perfil-padrão e que tem pacientes que foram violentados quando crianças, mas que se tornaram pais mais protetores e cuidadosos com seus filhos. 

Ainda segundo a psiquiatra, o pedófilo raramente reconhece que fez sexo com a criança e quando assume tenta de todas as formas colocar a culpa na vítima.

“Nunca atendi um pedófilo em meu consultório. Eles não têm consciência que estão doentes e quando percebem alguma anomalia em seu comportamento, não procuram por ajuda. Mas, nos casos em que atendi na custódia, eles tinham duas versões – negavam, diziam que a vítima inventou, que era calúnia ou que foram seduzidos por elas.

Na cabeça deles, uma criança de 2 anos pode estar afim de sexo, pode ter se apaixonado e o seduziu. Essa é uma doença gravíssima que acomete várias classes sociais e que precisa ser contida”, afirmou.

Para o psicólogo Adenauer Novaes, os casos de pedofilia precisam ser estudados, mas, em sua maioria, os agressores sofreram algum tipo de abuso ou outra agressão na infância. Outra causa seria pela sexualidade imatura.

“Não há como identificar um pedófilo sem que ele se manifeste, eles não apresentam nenhuma anormalidade, muitos são pessoas de confiança. Não são todos os casos, porém, um dos principais fatores relacionados ao desenvolvimento da patologia está no quadro familiar. Essas pessoas, quando cometem o ato, devem ficar segregadas da sociedade para controlar a doença”, enfatizou o psicológo.

Os especialistas criticaram o sistema penitenciário brasileiro, que permite que os presos fiquem juntos e por isso os pedófilos acabam sofrendo agressões de outros detentos como penalidade pelos seus crimes “Para os pedófilos, o abuso sexual sofrido na cadeia não tem efeito nenhum, nem de arrependimento, nem de punição. Independente do que sofram, eles serão reincidentes. Eles precisariam de um local diferenciado com tratamento”, disseram os médicos.

O sentimento de culpa das vítimas
O que mais impressiona a população é que, na maioria dos casos, o abuso sexual infanto-juvenil acontece dentro do ambiente onde deveria prevalecer o amor e a proteção: dentro de casa.

Estima-se que, no Brasil, 165 crianças ou adolescentes sejam molestados por dia e a maioria esmagadora dos casos acontece dentro dos lares das vítimas.

A delegada Laura Argolo, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes – DERCA, a violência contra criança e adolescente é um problema mundial. Por semana, o órgão registra cerca de 40 denúncias. Apenas em fevereiro, que ainda nem terminou, foram realizadas cinco autuações em flagrante, uma delas na Quarta-feira de Cinzas, no Porto da Barra. A vítima foi um menino de 6 anos.

“A pedofilia sempre existiu, o número de denúncias é que está aumentando, isso não quer dizer que os casos estão evoluindo, mas sim que as pessoas estão perdendo o medo e denunciando, a sociedade está mais participativa”, disse a delegada.

Uma das preocupações dos órgãos públicos, segundo a delegada, é com a preservação da vítima, pois muitas vezes elas, no decorrer do processo, acabam tendo receio de falar sobre o assunto, porque já estão desgastas e já falaram do acontecido várias vezes.

“Fazemos de tudo para preservar a vítima. Quando elas chegam aqui na delegacia disponibilizamos um tratamento mais específico, para evitar a exposição. Queremos implantar o Depoimento “Sem Dano”, procedimento em que a vítima só fala do assunto uma vez - o depoimento é colhido em uma sala especialmente montada, com equipamentos de áudio e vídeo, no qual as inquirições são realizadas com acompanhamento de psicólogos ou assistentes sociais. O juiz, promotor e defensor seguem o interrogatório pelo sistema, enviando perguntas, dessa forma, a vítima não se exporia a outras pessoas”, explicou a delegada.

As vítimas, na maioria das vezes, se calam por medo ou por se sentirem culpadas. Conforme o psicólogo Novaes, assim como os agressores, as pessoas que sofrem abuso sexual não procuram ajuda ou demoram a falar sobre o assunto, e às vezes nunca chegam a fazer.

Os motivos são vários: temem que seus familiares não acreditem na história, sentem vergonha do que aconteceu, têm medo do abusador e se sentem culpadas pela violência que sofreram.

A hora de procurar ajuda médica
Para ser considerado um pedófilo, que é um distúrbio psicossexual, do ponto de vista médico, basta que o indivíduo sinta desejo sexual por crianças e nutra fantasias constantes com elas. É nesse momento, antes da consumação, que a pessoa deve procurar ajuda médica.

Procurar por tratamento no primeiro sinal de anormalidade seria o comportamento adequado, porém, segundo o psiquiatra, essa é uma decisão muito difícil, porque eles tentam fugir de qualquer assunto sobre isso. “Nesses 20 anos de medicina, só atendi dois homens que, por livre e espontânea decisão, vieram procurar ajuda. Eles não procuram tratamentos, fogem de qualquer possibilidade”.

O psicólogo Adenauer Novaes explicou ainda que o tratamento é de longo prazo e o indivíduo deve ficar em análise ao longo da vida. Como se trata de um desejo exacerbado, sem controle e doentio, os pacientes são tratados com medicações para reduzir o desejo sexual, que representa uma das alternativas de tratamento. A castração química, uma alternativa para conter a pedofilia, já é utilizada fora do Brasil, em países como os Estados Unidos.

Todos os casos de pedofilia são chocantes, mas alguns chamam mais atenção da sociedade, principalmente quando os agressores são pessoas próximas. 

Em 2009, em Pernambuco, uma menina de 9 anos interrompeu a gestação de gêmeos após ser estuprada pelo padrasto.
O crime causou muita polêmica e fomentou a discussão sobre a prática do aborto no Brasil. Já em Guaratinga, na Bahia, uma menina de 13 anos que engravidou após ser estuprada pelo próprio pai manteve a gravidez. A vítima relatou na época que sofria abusos sexuais desde a morte de sua mãe, que havia completado um ano e meio.

Em 2009, após uma denúncia anônima, o estudante de Medicina Diogo Nogueira Moreira de Lima, 22 anos, foi preso em flagrante na pousada de propriedade de sua família, em Arembepe, litoral norte da Bahia. No momento da prisão, ele estava acompanhado por três crianças entre 3 e 8 ano. A polícia encontrou em seu poder camisinhas, produtos eróticos, vídeos e fotos que mostram o acusado abusando de crianças.

O estudante é acusado de ter comedido mais de 20 abusos em dois anos.

FONTES: 
http://www.portonewsnet.com.br/index.php?mw=noticias&w=1750
http://stoa.usp.br/danielmbarros/weblog/43205.html

quinta-feira, 26 de abril de 2012

No Labirinto do Meu Eu



Pegue minhas mãos e sinta como estão frias, 
Vivo numa tempestadade onde o vento gelado percorre minha alma,
Olhe dentro dos meus olhos, assim verá a escuridão transparecer sobre minha face.
Não, não tente me compreender!
Apenas me abrace bem forte para ter certeza que não estou sozinha.
Não, não tente me ajudar!
Apenas me beije com todo amor que você pode expressar.
Estou perdida neste labirinto,
Caminho por diversos lugares, 
Tropeço nos meus erros, me machuco,
Sinto andar em círculos,
Não consigo me encontrar.
Vamos, venha me procurar!
Não desista, preciso de você para viver,
Ajude-me atravessar esta fronteira,
Não largue minhas mãos,
Estou entre você e o abismo.
Decida o que fazer...
Devo morrer ou viver?

Kalili

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Borderline - Clarisse (Legião Urbana)



Transtornos de Personalidade X Alteração da Personalidade




Quando os traços são definitivos, inflexíveis e inadaptados podem constituir um Transtorno de Personalidade.

Pessoas explosivas, teatrais, sistemáticas, meticulosas, obsessivas, cismadas, muito emotivas e outros tipos difíceis de conviver sugerem, intuitivamente para todos nós, tratar-se de uma maneira de SER assim e não de ESTAR assim. Ao longo da vida essas pessoas podem melhorar, através de muito empenho e vontade de morrer melhor do que nasceram. Outras estacionam, petrificadas para sempre, sofrendo e fazendo sofrer.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) trata do assunto sob o titulo de Transtornos da Personalidade e de Comportamento, especificando-os nos códigos F60 até F69 na CID-10. A OMS descreve tais transtornos da seguinte maneira:

“Estes tipos de condição abrangem padrões de comportamento permanentes e profundamente arraigados no ser que se manifestam como respostas inflexíveis a uma ampla série de situações pessoais e sociais. Elas representam desvios extremos ou significativos do modo como o indivíduo médio, em uma dada cultura, percebe, pensa, sente e, particularmente, se relaciona com os outros”.
Os Transtornos de Personalidade, ainda segundo a CID-10, são condições do desenvolvimento da personalidade que aparecem na infância ou adolescência e continuam pela vida adulta. Esta condição constitucional e biológica de desenvolvimento diferencia o Transtorno da Alteração da Personalidade. A Alteração da Personalidade ocorre durante a vida em conseqüência de algum outro transtorno emocional, dependência química, traumatismo craniano, tumores, infecções cerebrais, etc.
Enfatizando, os Transtornos de Personalidades são perturbações graves da constituição do caráter e das tendências comportamentais, portanto, não são adquiridas no meio tal como as Alterações da Personalidade. A CID-10 apresenta entre os títulos F60 e F69 uma grande variedade de subtipos de Transtornos de Personalidade. Procuraremos aqui compatibilizá-los todos com outras classificações de forma a abordar os tipos sinônimos com a mesma descrição.

A Associação Norteamericana de Psiquiatria, através de seus critérios de classificação e diagnóstico de transtornos mentais, o DSM.IV , fala sobre os Transtornos da Personalidade da seguinte forma:

"Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo."
E qual seria a diferença entre o Transtorno da Personalidade e a Doença Mental franca? As doenças mentais ocorrem e se desenvolvem a partir de um momento definido da vida, tal como são as crises, reações, processos, episódios e surtos, enquanto os Transtornos da Personalidade, por sua vez, são maneiras problemáticas de ser, constantes e perenes. As doenças mentais surgem e os Transtornos da Personalidade são.

Os Transtornos de Personalidade afetam todas as áreas da personalidade, o modo como o indivíduo vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um estilo pessoal de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou aos que com ele convivem. Essas características, no entanto, apesar de necessárias não são suficientes para identificação dos Transtornos de Personalidade, pelo fato de serem muito vagas. A maneira mais clara como a classificação deste problema vem sendo tratada é através da subdivisão em tipos de transtornos de personalidade, com critérios de diagnóstico próprios e bem definidos, tanto pela CID.10, quanto pelo DSM.IV.


Convencionalmente os transtornos da personalidade foram divididos em três grupos:

1º. Grupo – Aqui estão as pessoas caracterizadas essencialmente por pensamentos estranhos, comportamentos excêntricos e mórbida tendência ao isolamento. Estão classificadas aqui as personalidades paranóides e esquizóides, as primeiras possuidoras de rígido padrão de suspeitas e desconfianças infundadas, as segundas são emocionalmente distantes e com dificuldade em estabelecer relações sociais.

2º Grupo – Os transtornos deste grupo têm em comum um comportamento com tendência à dramaticidade, apelação e emoções que se expressam intensamente. Os indivíduos histriônicos representam esse grupo, sendo muito excitáveis, demonstrativos, justificativos e egocêntricos. Também está aqui a chamada Personalidade Anti-Social, que manifesta expressiva incapacidade geral de adaptação aos padrões sociais estabelecidos e para relações afetivas estáveis.
3º. Grupo – Estão neste grupo as personalidades com marcantes traços de dificuldade no controle dos impulsos; transtorno explosivo ou impulsivo da personalidade, transtorno ansioso ou evitativo da personalidade, transtorno anancástico ou obsessivo-compulsivo da personalidade.


TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL

Caracteriza-se pelo comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado pela ausência de remorsos. Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, frequentemente têm problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se ajustam. Frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo. 


Aspectos essenciais:

ü Insensibilidade aos sentimentos alheios

üAtitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente.

üEstabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los.

üBaixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas.

ü Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições.

üTendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis.


TRANSTORNO PARANÓIDE DE PERSONALIDADE

Caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para pensar assim. A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos frequentes entre os paranóide. O paranóide dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos, ao contrário ofende-se intensamente, geralmente por toda a vida quando alguém lhe aponta algum defeito.

   

Aspectos essenciais:


 ü Excessiva sensibilidade em ser desprezado.

 üTendência a guardar rancores recusando-se a perdoar insultos, injúrias ou injustiças cometidas.

 üInterpretações errôneas de atitudes neutras ou amistosas de outras pessoas, tendo respostas hostis ou desdenhosas. Tendência a distorcer e interpretar maleficamente os atos dos outros.

 üCombativo e obstinado senso de direitos pessoais em desproporção à situação real.

 ü Repetidas suspeitas injustificadas relativas à fidelidade do parceiro conjugal.

 üTendência a se autovalorizar excessivamente.

 üPreocupações com fofocas, intrigas e conspirações infundadas a partir dos acontecimentos circundantes.

 

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE  

Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não superam seus limites.

   

Aspectos essenciais:

 üÉ incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de conselhos ou reafirmações de outras pessoas.

 üPermite que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida como onde morar, que profissão exercer.

 ü Submete suas próprias necessidades aos outros.

 ü Evita fazer exigências ainda que em seu direito.

 üSente-se desamparado quando sozinho, por medos infundados.

 üMedo de ser abandonado por quem possui relacionamento íntimo.

 ü Facilmente é ferido por crítica ou desaprovação.

     
    TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE  

 Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento social. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas pessoas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). Esses casos não devem ser confundidos com distimia. 


Aspectos essenciais:

üPoucas ou nenhuma atividade produzem prazer.

 ü Frieza emocional, afetividade distante.

 üCapacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como os outros.

 üIndiferença a elogios ou críticas.

 ü Pouco interesse em ter relações sexuais.

 ü Preferência quase invariável por atividades solitárias.

 üTendência a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais.

 ü Falta de amigos íntimos e do interesse de fazer tais amizades.

 ü Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou àqueles que perderam uma pessoa querida recentemente.

  
 TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANSIOSA (evitação)

 Caracteriza-se pelo padrão de comportamento inibido e ansioso com auto-estima baixa. É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros.    


Aspectos essenciais:


 ü É facilmente ferido por críticas e desaprovações.

 ü Não costuma ter amigos íntimos além dos parentes mais próximos.

 ü Só aceita um relacionamento quando tem certeza de que é querido.

 ü Evita atividades sociais ou profissionais onde o contato com outras pessoas seja intenso, mesmo que venha a ter benefícios com isso.

 ü Experimenta sentimentos de tensão e apreensão enquanto estiver exposto socialmente.

 üExagera nas dificuldades, nos perigos envolvidos em atividades comuns, porém fora de sua rotina. Por exemplo, cancela encontros sociais porque acha que antes de chegar lá já estará muito cansado.


  TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRÔNICA

 Caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções).       


Aspectos essenciais:

 ü Busca frequentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em relação ao que faz ou pensa.


 ü Comportamento e aparência sedutores sexualmente, de forma inadequada.

 ü Abertamente preocupada com a aparência e atratividade físicas.

 ü Expressa as emoções com exagero inadequado, como ardor excessivo no trato com desconhecidos, acessos de raiva incontrolável, choro convulsivo em situações de pouco importância.

 ü Sente-se desconfortável nas situações onde não é o centro das atenções.

 ü Suas emoções apesar de intensamente expressadas são superficiais e mudam facilmente.

 ü É imediatista, tem baixa tolerância a adiamentos e atrasos.

 ü Estilo de conversa superficial e vago, tendo dificuldades de detalhar o que pensa.

   
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVA (anancástica)

Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e exigente com os outros. Emocionalmente frio. É uma pessoa formal, intelectualizada, detalhista. Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem costuma ser reservado, dominador e inflexível. Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve melhorar sempre mais. Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e cheia de dúvidas.


Aspectos essenciais: 


 ü O perfeccionismo pode atrapalhar no cumprimento das tarefas, porque muitas vezes detém-se nos detalhes enquanto atrasa o essencial.


 ü Insistência em que as pessoas façam as coisas a seu modo ou querer fazer tudo por achar que os outros farão errado.


 ü Excessiva devoção ao trabalho em detrimento das atividades de lazer.


 ü Expressividade afetiva fria.


 ü Comportamento rígido (não se acomoda ao comportamento dos outros) e insistência irracional (teimosia).


 ü Excessivo apego a normas sociais em ocasiões de formalidade.


 ü Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão úteis algum dia (mesmo sem valor sentimental)


 ü Indecisão prejudicando seu próprio trabalho ou estudo.


 ü Excessivamente consciencioso e escrupuloso em relação às normas sociais.





TRANSTORNO EXPLOSIVO DE PERSONALIDADE

Na CID-10 o Transtorno Explosivo da Personalidade aparece como Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável e no DSM.IV como Transtorno Explosivo Intermitente. Alguns autores preferem denominar esse tipo de personalidade como Síndrome de Descontrole Episódico. Aqui, a característica marcante é a tendência para agir impulsivamente e desprezando as eventuais conseqüências do ato impulsivo, junto com esse tipo de comportamento existe instabilidade afetiva. É um transtorno que se caracteriza por episódios de completo fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades.
Os freqüentes acessos de raiva podem levar à violência ou a explosões comportamentais e tais crises podem ser agravadas quando essas atitudes impulsivas são criticadas ou impedidas pelos outros. A agressão neste transtorno de personalidade pode ser física ou verbal, mas elas sempre fogem ao controle. Por outro lado tais pessoas não têm conduta anti-social e, pelo contrário, fora das crises são simpáticas, bem falantes, sociáveis e educadas. São constantes também o extremo sarcasmo, a ironia, explosões verbais e, algumas vezes, implicância e persistente amargura.

A extrema sensibilidade aos aborrecimentos causados pelos pequenos estímulos ambientais produz, nos explosivos, respostas de súbita violência e incontida agressividade. Normalmente chamamos estas pessoas de pavio-curto ou de cinco-minutos. Estes episódios de explosividade geralmente são seguidos de arrependimentos ou auto-reprovação, os quais são capazes de produzir variados graus de depressão, como uma espécie de ressaca moral pelos procedimentos cometidos.

O grau de agressividade manifestada pelas pessoas com transtorno explosivo da personalidade durante os episódios agudos é amplamente desproporcional ao estímulo desencadeante. Tais crises normalmente acarretam atos violentos ou destruição de propriedades. A agressão neste tipo de transtorno de personalidade pode ser física ou verbal, porém, as explosões sempre fogem ao controle.

Quando há envolvimento policial durante uma crise de agressividade na embriagues patológica, a pessoa agressiva corre sério risco de sofrer severas conseqüências por não conseguir controlar suas atitudes.



Quadro 1 - Os cinco principais transtornos do controle dos impulsos

Transtorno
 Explosivo Intermitente
Episódios de fracasso em controlar impulsos agressivos, resultando em agressões ou destruição de propriedades.

Cleptomania
Fracassos recorrentes em resistir a impulsos de furtar objetos desnecessários para uso pessoal ou destituídos de valor monetário.

Piromania
Fracasso em controlar o impulso incendiário, cujo comportamento de faz por prazer, gratificação ou alívio de ansiedade.

Jogo Patológico
Incapacidade persistente e recorrente em resistir ao impulso para jogos de azar e apostas.

Tricotilomania
Impossibilidade em controlar o impulso de arrancar os pelos do próprio corpo, ocasionando falhas perceptíveis.


Esse transtorno costuma ter sérias conseqüências sociais e familiares, tais como a perda do emprego, suspensão escolar, divórcio, dificuldades com relacionamentos interpessoais, acidentes variados e em especial os de trânsito, hospitalizações e envolvimentos policiais. Nos casos mais característicos pode haver alterações eletroencefalográficas inespecíficas, como por exemplo, lentificação da atividade difusa ou, predominantemente no lobo frontal.
DSM-IV cita como possibilidade para uma das causas (ou apenas concomitância) ao transtorno explosivo da personalidade, certas condições neurológicas, como por exemplo, traumatismos cranianos e episódios de inconsciência ou convulsões febris na infância. Imagens funcionais obtidas por PET (tomografia por emissão de pósitrons) têm sido usadas para investigar possíveis alterações na função do cérebro das pessoas portadoras de distúrbios caracterizados por excessiva violência e agressividade.

Algumas pesquisas nessa área têm mostrado porcentagem alta de um nível diminuído do funcionamento cerebral no córtex pré-frontal em pessoas violentas em relação às pessoas normais. Isso pode ser um indício de algum déficit neurológico relacionado à violência. O dano funcional no córtex pré-frontal pode resultar em impulsividade, perda do autocontrole, imaturidade, emotividade alterada e incapacidade para modificar o comportamento, o que pode facilitar os atos agressivos.

Para o diagnóstico do transtorno explosivo da personalidade é necessário que o tipo de comportamento explosivo, irritável e pouca consideração para com as conseqüências do ato agressivo seja bastante duradouro, que se manifeste em vários contextos vivenciais e, eventualmente, piora muito com o uso de álcool.


FONTE: www.psiqueweb.med.br



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